sábado, 6 de março de 2010

Show do NOFX em 04/03/2010


Foi no Santana Hall, que tem nome de casa de show boa, mas é um muquifo na verdade.

Fiquei duas horas e meia na fila na rua. Uma chatisse sem fim, com direito a cheiro de cigarro, maconha e espetinho de gato. Aproveitei pra ficar observando os vendedores de bebida malandros que aproveitam o movimento. Me pergunto se não havia uma parceria da casa de shows com os vendedores pra que a fila se formasse e demorasse a entrar, para que dessa forma eles pudessem vender bastante. Digo isso pois quando passei pela entrada, não vi nada que explicasse a demora.

Ao entrar, me surpreendi com a quantidade de pessoas e com a falta de espaço. Era realmente muito pequeno para comportar tanta gente. A vantagem é que mesmo ficando ao fundo, não seria muito longe do palco.

Ao entrar, estavam fazendo o soundcheck. Pouco depois, a banda entrou no palco, com o vocalista/baixista Fat Mike apresentando um estilo peculiar de se vestir: uma camisa amarela toda aberta mostrando a barrigona que agora dá sentido ao apelido, óculos escuros e um chapéu meio cowboy/Indiana Jones. Ele trouxe também um copo de bebida (caipirinha?) com um canudinho, o qual ele colocou em um porta-copos acoplado no pedestal do microfone.

Estou sendo muito descritivo, não? Como será que posso contar as coisas mais interessantes de forma mais resumida? Como ninguém respondeu, vou ter que tentar fazer isso utilizando minha auto-percepção.

A banda adora falar com o público entre as músicas. A minha percepção foi de que Fat Mike estava fazendo bastante piadas de bom gosto, sem brincar de parecer ser cuzão, como é de se esperar dele. O único momento que ele se irritou foi quando foi atingido no rosto/olho por um chinelo e ameaçou diminuir o setlist se não parassem de fazer aquilo, mas mesmo nesse momento ele aproveitou pra brincar dizendo "quem é que vem de chinelo para um show punk?". Ri bastante das diversas piadas feitas pelos três (o baterista Smelly não entra pois ele é mais reservado e era difícil de vê-lo pois do ângulo que eu estava). Chegaram a cantar a música no qual repetem "Fuck The Kids" várias vezes trocando por "portuguese". Na música "Franco Un-American", Fat Mike trocou por "Franco South-American". Enfim, eles são capazes de entreter também além da música

Sobre a música, posso dizer que escolheram muitas ótimas músicas, muitas favoritas do público em geral e muitas favoritas minhas (que aparentemente nem sempre são as mesmas que todos gostam). Eu esperava que fizessem uma surpresa tocando uma parte da épica música "The Decline" (que está tocando agora no meu iTunes por um pouco de coincidência), mas não foi o que aconteceu e não reclamo pois eles fizeram isso no show de 2006, o qual estive presente. Não tenho de cor o setlist do show de anteontem, muito menos o do show de 4 anos atrás, mas tive a sensação de que dessa vez tocaram algumas músicas populares (Leave it Alone, It's My Job to Keep Punk Rock Elite, Drugs Are Good) que faltaram no show anterior, portanto, ponto positivo para eles.

A intenção deles é tocar o que os fãs querem (e o que eles gostam também), e não promover o mais novo álbum. Tocaram apenas duas do último disco, entitulado "Coaster" (We Called It America e My Orphan Year) e uma do EP lançado recentemente (a música e o EP se chamam "Cokie The Clown") que é uma favorita minha. Eles tocaram várias músicas reggae, que não são minhas favoritas, mas creio que isso seja uma prova de que tocam o que o público quer ouvir, além de servir para acalmar a galera que estava se agitando bastante e sofrendo com o calor intenso.

Não sou muito de comparar, mas a sociedade enfia esse tipo de pensamento em nossas cabeças, portanto comentarei sobre esse show em relação ao de 1 de Outubro 2006. O de 2006 foi o primeiro que fui, foi em uma casa de shows melhor (Credicard Hall), eu me soltei mais entrando nas rodinhas (mosh pit), além de terem tocado parte do The Decline e o guitarrista Eric Melvin ter ficado um tempo enorme ao final do show tocando o acordeon dele. Por todos esses motivos, ficou a sensação de que aquele foi melhor, no entanto, o show dessa semana foi muito bom também, valeu cada centavo e valeu até a demora na fila.

Como eu comecei a navegar pela Internet, esqueci sobre o que estava escrevendo e não to afim de ler tudo novamente, vou fechar o post por aqui.

A conclusão é que se NOFX voltar, estarei no show novamente. É sempre uma experiência diferente e divertida.

UPDATE: Vejam o vídeo oficial da música mais recente deles que citei no texto: Cokie The Clown [Official Video]

(Crédito: Foto do portal Terra)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

My Dinosaur Life - Motion City Soundtrack


Os garotos de Mineápolis estão... não. Não uso esse estilo (que parece) falso de escrever.

Vou buscar ser bem sucinto dessa vez.

Motion City Soundtrack é uma banda de pop-punk-rock famosa pela peculiaridade de possuir um sintetizador moog em grande parte das músicas e pelo cabelo doido do vocalista.

É a quarta obra de estúdio da banda e foi inteiramente produzido por Mark Hoppus (baixista do blink-182). Hoppus já havia produzido o segundo álbum da banda, o Commit This To Memory.

O novo álbum é bem formuláico: começa com uma música empolgante (Worker Bee), seguido de outras marcantes (Lifeless Ordinary, Disappear) e é dividido por uma calminha (Stand Too Close) bem no meio pra dar uma pausa, um respiro. Na segunda parte há mais músicas fortes (Pulp Fiction, Hysteria) no som, mas um pouco menos marcantes. As duas últimas músicas tem características perfeitas para finalizar o álbum. A penúltima (Skin and Bones) poderia ser uma última música, mas se fosse, daria uma sensação de faltar algo. A real última música (The Weakends) termina a obra muito bem, satisfazendo o ouvinte por completo.

Quando digo que é formuláico, não é com um sentido negativo. Funciona muito bem para a banda e realmente da a impressão de ser algo bem planejado e executado. É uma reprise do que já deu certo nos anteriores.

A música Hystory Lesson destoa do resto, poderia ter sido deixada de fora, e é mais uma que serve como uma pausa.

Veredicto: Muito bom o álbum. Não gosto de dar notas, mas é 8/10.

5 estrelas no iTunes: Disappear, Pulp Fiction, Hysteria, The Weakends.
4 estrelas no iTunes: Worker Bee, A Lifeless Ordinary, Her Words Destroyed My Planet, Delirium, @!#?@!, Skin and Bones.


Caramba, que foda que é escrever. Ainda mais quando se trata de dar uma opinião. Fazia mais de ano que eu não postava nada aqui. O bom é que ninguém deve ler isso, portanto servirá apenas como um bom exercício para mim.

É, não consegui ser sucinto. Better luck next time. Mas sei que ficou bem mais curto do que poderia ser. Na verdade talvez ficou de bom tamanho, mas é legal se criticar pra tentar melhorar e no fim fazer igual.