segunda-feira, 25 de junho de 2007

Velho velho ditado: Relembrar é viver

Antes de mais nada, vamos relembrar o detalhe de que a altura de Dennis "The Worm" Rodman é de 6'7" (2.01 m), ou seja, muito menor que muito marmanjo dominado por ele no garrafão. E o melhor de tudo é que suas médias são capazes de fazer qualquer Yao Ming chorar (mesmo desconsiderando a diferença de altura ser quase um pé, ou uma régua de 30cm).

Relembrem, clicando no link abaixo, a temporada mais monstruosa em termos de rebotes (18.7 rpg) de Dennis Rodman, em sua penúltima temporada jogando pelo Detroit Pistons.

Dennis Rodman 1991-92 Game Log

Esse site mostra uma lista de todos os jogos dele nessa temporada de 91-92, incluindo seu career high de 34 rebotes.

Se dissecarmos esses 34 rebotes, perceberemos que ele obteve mais ofensivos (18) do que defensivos (16). Incrível, pois como sabemos, rebotes defensivos costumam ser mais comuns e numerosos. Sempre que os aficionados por basquete notam um resultado individual acima do normal em rebotes, logo se pensa que o jogador conseguiu tantos rebotes por ter participado de um daqueles lances onde vários jogadores ficam dando os chamados "tapinhas" pra cima até que a bola caia na cesta ou saia de perto da mesma. Pensar dessa forma é não dar valor para esse tipo de jogada. Apesar dos jogadores não adquirirem a posse da bola, é algo dificil pular mais que os outros jogadores e alcançá-la, quanto mais quando os pulos ocorrem repetidas vezes, no qual o desgaste é muito alto. A simples reflexão sobre esses números impressionantes de rebotes do Rodman nos permite entender a razão dos famosos tapinhas serem contados como rebotes.

Nessa partida dos 34 rebotes, ele acertou 4 de 15 tentativas de arremesso. Péssimo aproveitamento, concordo, mas não é isso que vamos observar. O número importante é o total de arremessos tentados. Lembrando que os tapinhas ofensivos são contados como rebote ofensivo e como tentativa de arremesso. A partir de agora vamos pensar no improvável e com exagero: pode ter ocorrido no máximo 15 tapinhas, isso se todos os seus arremessos foram realmente essas tentativas de jogar a bola pra dentro da cesta após um companheiro do time errar um arremesso. Eu não acredito que todas suas tentivas de arremesso foram dessa forma, mas mesmo se foram, sobrariam 3 rebotes ofensivos pra somar com os 16 defensivos e podemos dizer com toda certeza que pelo menos 19 rebotes ele dominou a bola sozinho, sem tapinha nem nada. Que tal isso como definição pra "monstro do garrafão"?

Hoje assisti um antigo DVD que documenta o início da carreira de Kobre Bryant (até o primeiro título com o Lakers). A histórias que foram contadas me fizeram querer saber mais sobre os primeiros jogos de Kobe estatisticamente. Para isso, fui ao Basketball-Reference.com e matei minha curiosidade depois de bastante olhar e clicar. De repente eu estava observando a carreira de ninguem menos que Earvin "Magic" Johnson e resolvi ver o box score do último jogo dele contra o Jordan e foi aí com seus 23 rebotes que Rodman me chamou a atenção e me fez querer relembrar e me maravilhar com seus números espetaculares.

O ciclo dessa história se completa quando reparei que nesse DVD sobre o Kobe Bryant, há um pouco da discussão sobre Kobe ser o herdeiro do Jordan (ou Heir Jordan - trocadilho com Air Jordan) e um dos "cartolas" afirma que Jordan nunca teve um pivô como Shaq. Ou seja, Kobe não pode ser comparado com Jordan para ele. Os mais críticos podem dizer ainda que agora Kobe teve sua chance de provar que podia ser como Jordan e falhou, pois teve o time para ele, com Phil Jackson e uma boa imitação de Pippen em Lamar Odom.

E é aí que chegamos no ponto principal: e Dennis Rodman? Cadê a imitação dele? Luke Walton? Não, Luke é mais uma espécie de Pippen. Kwame? Bynum? Talvez num futuro distante. Turiaf? Talvez se estivesse jogando na França.

Sim, estou desrespeitando esses jogadores, apesar de gostar deles, mas isso é para mostrar como Rodman sempre foi subestimado e ainda não recebe o devido reconhecimento. O que temos atualmente parecido com Rodman é o Ben Wallace, portanto imaginemos que o Lakers pudesse ter o Big Ben (esquecendo salary cap e o fato dele estar confortáel agora no Bulls). Que tal um time com Bryant, Odom e Big Ben? Tem mais cara de título, não? Para nada dar errado, basta preencher o elenco com role players decentes (Walton, Turiaf e até Brown são bons pra isso) e uma pequena dose de veteranos.

Muito bem, consegui argumentar a favor do Kobe pelo fato de não haver um monstro dos rebotes, (ouvi alguém dizendo "Hanamichi Sakuragi"? haha, ele é o rei dos rebotes, mas é apenas um mangá) mas no primeiro tricampeonato de MJ não havia Rodman, e aí? Bom, não conheço bem o time do primeiro campeonato, mas parecia ser um time consistente de modo geral, observando os números.

Na temporada 2005-06, o Lakers tinha defeitos mas parecia ter estabelecido uma identidade chegando aos playoffs (para o qual não tinha se classificado no ano anterior que foi o primeiro de Kobe sem Shaq e Phil) e esteve há um passo de avançar para o segundo round. Faltou tranquilidade e experiência ao time, pois permitir um rebote ofensivo nos momentos cruciais de um jogo a um time como o Suns demonstra a inexperiência devido à pouca idade dos jogadores.

No ano seguinte não houve mudança significativa no time e na reedição do primeiro round, o Suns não teve dificuldades, já que eles sim tiveram uma grande adição (Stoudemire). Mas não foi só isso. Houve lesões que atrapalharam Kwame Brown que foi importante no ano anterior. Outro jogador que provou fundamental na quase-vitória ano anterior, Smush Parker, se desentendeu com Phil Jackson e nunca mais foi o mesmo (na verdade antes de aparecer sobre esse desentendimento, Parker não produzia mais da mesma maneira). Com Kwame Brown limitado por lesão, Lakers não tinha muitas opções para a frontcourt, tendo Bynum e Turiaf pra pivô e alternando Odom e Walton de ala-pivô. Com isso o time teve uma média baixa de altura, o que não combinava com o estilo do jogo e também tornou fácil para o Suns combater com seu time já de jogadores mais baixos.

Portanto, a chave da eterna discussão de se KB24 é realmente herdeiro de MJ23, é RODMAN (e o fato dele ser eternamente underrated).

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Rayman Raving Rabbids


A primeira impressão ao ver que esse seria um dos títulos disponíveis no lançamento do Wii, pensei: "ok, um jogo de plataforma 3D". Só depois de um tempo que fui olhar realmente do que se tratava o jogo e para minha surpresa, não era o que eu pensava. RRR é um party game. Hmmm, interessante. Como gosto de jogos multiplayer e as críticas foram favoráveis, a aquisição do jogo em questão foi feita.

O humor dos coelhos é a grande atração e está presente desde a tela de abertura, em vídeos abertos após realizar certos objetivos e nas cenas de história do modo principal do jogo. Esse modo principal é para apenas um jogador e nele é necessário jogar cada mini-game sequencialmente para abri-los no modo multiplayer.

O fato de boa parte dos minigames não ser realmente multiplayer (cada um joga um round separadamente e a pontuação é comparada em seguida) fere no valor geral do jogo, mas não o suficiente para que se deixe de querer tê-lo.

Os mini-games de música e de tiro (estilo Virtua Cop, House of the Dead) são apenas para no máximo 2 jogadores, mesmo assim são os mais marcantes.

Se você tem o Wii e quer um jogo multiplayer engraçado e original, leve esse. Evite-o nas versões de PS2, PC e X360.